quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

O CRISTO ESQUECIDO



O sacrifício terminou, o Cordeiro foi imolado, o povo saciado.
As cadeiras de encosto alto com almofadas vermelhas dispostas em frente ao altar e as imponente bandeiras ateadas, indicam que a cerimônia será importante.
As pessoas inquietas caminham de um lado para o outro em trajes de festa, buscam por amigos e familiares, afinal os fotógrafos estão apostos e os grandes arranjos de flores precisam ser aproveitados.
As vozes se alteram quando o apresentador se aproxima. Está chegando a grande hora, a consumação de muito trabalho. De repente, o apresentador pedi silêncio e anuncia, a cerimônia vai começar, as autoridades são convidadas a ocupar o palco. Entre aplausos, assovios e gritos histéricos o sr. Diretor sobe ao palco e ocupa a cadeira central. Logo em seguida, outros membros importantes sr., sra., ilustríssimo, ilustríssima gente honrada pelos méritos de seu trabalho ocupam as demais cadeiras presente sobre o palco.
Finalmente, inicia-se os discursos com salmos e frases do Mestre e, recebe aplausos, a plateia fica eufórica, as palavras foram escolhidas para impressionar, um discurso perfeito, digno da solenidade. Os votos de incentivo são de responsabilidade do sr. Diretor, orgulhoso com a aparente sensação de dever cumprido.
Durante as chamadas e orientações os desfiles nervosos, num constante sobe e desce do altar “palco”, já nem sei mais, as palavras que melhor se encaixam aqui, afinal as palmas, os flash me deixaram confusa. 
Enfim, a intenção de celebrar um momento tão importante, como a colação de grau, na casa do Mestre deve ter sido das melhores e seria até adequado se o Mestre fosse o anfitrião e lá no fundo do palco não tivesse O CRISTO ESQUECIDO por detrás do altar.

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