Resumo:
Quando um escritor decide
publicar um livro, quase sempre mergulha num mundo desconhecido e, esta falta
de conhecimento juntamente com a ansiedade de ver seu texto se transformar em livro,
leva o autor a erros fatais, como: Aceitar, logo, a primeira proposta de
publicação de seu texto; Confiar em agentes literários desconhecidos; Enviar
para avaliação textos sem preparação e apresentação; Assinar um contrato sem
questionamentos; Aprovar uma capa baseando em seu contentamento; Estes cinco
erros podem acabar com o sonho de um escritor.
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Vivemos numa época em que o
celular tornou-se objeto essencial entre jovens e adultos. Ele está presente em
todos os lugares, quase sempre ao alcance das mãos. Diante disso, qual seria o
real espaço do livro físico na vida da sociedade contemporânea? Será que ainda
existe interesse neste objeto tão ultrapassado? Pode não parecer, mas o cheiro
inconfundível e a beleza impar de cada livro, faz dele um objeto desejado e
amado por pessoas de todas as idades, desde a criança que se encanta pelo
colorido das ilustrações, os adolescentes que viajam numa aventura
sobrenatural, até as senhoras que sonham com a juventude numa bela poesia.
Contudo, basta abrirmos a
internet para observarmos uma quantidade espantosa de lançamentos de livros,
todos os dias. E também, vemos no dia a dia editoras em ritmo acelerado de
trabalho, com isso temos a impressão que neste setor não há crises. Enquanto
isso, do lado oposto encontra-se um profissional solitário que parece viver de
sonhos, o ESCRITOR.
É sempre com ele que se
inicia todo o processo de produção de um livro, especificamente o livro de
ficção, nasce de um sonho do autor. É ele que através de suas idéias inicia a
história e vai moldando conforme suas experiências e seu conhecimento. Com o
texto finalizado ele é o primeiro a acreditar neste sonho e, é neste momento
que o escritor pode por seu trabalho a perder se não tomar certas precauções
perante este mundo dominado pelas editoras. Nesta fase o escritor pode cometer
erros fatais com seu futuro livro. Vou explicitar os cinco erros fatais.
O
primeiro erro fatal é aquele da facilidade; Assim que encontra
uma editora disposta à receber e analisar seu original, envia logo.
Portanto, para que um
escritor tenha sucesso nesta etapa, ele deve pesquisar muitas editoras.
Observar nas livrarias se tem livros desta editora, pesquisar páginas de
reclamações para conhecer os eventuais erros das editoras que se propuseram
receber seu original, e ainda, conhecer qual a linha editorial de destaque de
cada uma; Só então, escolher a que melhor se encaixa o seu estilo, o gênero de
seu texto e enviar seu original para avaliação.
Um
segundo erro é a busca por agentes literários;
Eles quase sempre buscam especificidades, buscam por algo pensado
antecipadamente a pedido das editoras, seria muita sorte ser o que eles
procuram.
Contudo, vale a pena
pesquisar e conhecer bem o trabalho dos agentes literários tais como: autores
que indicaram, livros que foram recomendados por eles e, mais importante, quais
editoras aceitam indicações deste agente literário, e ainda, nunca assinar
contratos longos por promessas de indicações. Afinal, agência séria avalia seu texto sem cobrar por isso.
Um
terceiro erro fatal enviar seu texto sem nenhuma preparação; isso
pode fazer com que a editora perca totalmente o interesse de publicar e
comercializar sua obra.
Um texto contendo erros
ortográficos, mal formatado, ou mesmo sem uma boa sinopse, para chamar a
atenção do editor, pode fazê-lo descartar um texto muito bom, seja por falta de
tempo ou de conhecimento de seu trabalho. Dessa forma, um bom resumo, para que
o editor se interesse pelo seu texto logo nas primeiras linhas; Uma biografia é
fundamental para que o editor tenha clareza que você é um profissional das
letras.
O
quarto erro assinar contrato sem ler os pormenores; também
pode ser ocasionado pela ansiedade, como também pela falta de conhecimento, por
parte do autor, quando a editora faz uma proposta de publicação ele aceita
rapidamente.
Muitas vezes o escritor tem
medo de questionar, ou de fazer uma contraproposta, temendo a desistência da
editora no projeto. Isso geralmente acontece com escritores iniciantes, que
ainda não adquiriram segurança e instabilidade na profissão, quase sempre são
eles que sustentam editoras pequenas e médias pagando do próprio bolso pela
publicação de sua obra. Leia e releia os contratos, questione tudo que estiver
subentendido e só assine um contrato quando estiver ciente que é viável para
ambas as partes.
O
quinto erro é gostando faz aprovação; quando chega a etapa das provas,
principalmente, provas de capa. O encantamento toma conta do autor e isto pode
prejudicar a qualidade do seu trabalho.
Este é um momento muito
importante para seu trabalho e não pode ser gosto seu apenas. Portanto,
aproveite a mídia. Faça votação, mostre para pessoas que você confia e, seja
aberto as críticas. Revise todos os detalhes letra por letra, afinal, uma letra
em falta pode destruir seu trabalho.
Muito bem, depois disso
ainda resta muitos detalhes para que seu livro chegue nas livrarias e
consequentemente, nas mãos dos leitores, porém são etapas que não dependem exclusivamente
do autor, nesta fase seu livro depende mais da editora que você contratou. No
entanto, o autor ainda pode opinar e influenciar para que seu livro tenha uma
qualidade invejável. É o caso da revisão do texto, a maioria das editoras,
mesmo contratando profissionais para corrigir e preparar seu texto é sempre o
autor que dá a palavra final, se aprova ou não, as indicações dos preparadores
e revisores.
Mesmo depois de tudo pronto
o arquivo final vai para impressão, e dele será feito um modelo, chamado de
“Boneco” que será encaminhado ao autor para que ele revise novamente todos os
detalhes no produto pronto. Geralmente, a produção de um livro é feita em
grandes quantidades e para não por em risco toda a produção é que é feito a
impressão de um exemplar apenas, com a finalidade de corrigir eventuais erros
que tenha passado pelas etapas anteriores. Mesmo que o Boneco passe por várias
pessoas e o editor tenha maior poder de modificação, é do autor maior interesse
em manter o zelo até a finalização, ou seja, até que seu texto se torne um
objeto desejado por crianças, jovens e adultos.