O sacrifício terminou,
o Cordeiro foi imolado, o povo saciado.
As cadeiras de encosto
alto com almofadas vermelhas dispostas em frente ao altar e as imponente
bandeiras ateadas, indicam que a cerimônia será importante.
As pessoas inquietas
caminham de um lado para o outro em trajes de festa, buscam por amigos e
familiares, afinal os fotógrafos estão apostos e os grandes arranjos de flores
precisam ser aproveitados.
As vozes se alteram
quando o apresentador se aproxima. Está chegando a grande hora, a consumação de
muito trabalho. De repente, o apresentador pedi silêncio e anuncia, a cerimônia
vai começar, as autoridades são convidadas a ocupar o palco. Entre aplausos,
assovios e gritos histéricos o sr. Diretor sobe ao palco e ocupa a cadeira
central. Logo em seguida, outros membros importantes sr., sra., ilustríssimo,
ilustríssima gente honrada pelos méritos de seu trabalho ocupam as demais
cadeiras presente sobre o palco.
Finalmente, inicia-se
os discursos com salmos e frases do Mestre e, recebe aplausos, a plateia fica
eufórica, as palavras foram escolhidas para impressionar, um discurso perfeito,
digno da solenidade. Os votos de incentivo são de responsabilidade do sr. Diretor,
orgulhoso com a aparente sensação de dever cumprido.
Durante as chamadas e
orientações os desfiles nervosos, num constante sobe e desce do altar “palco”,
já nem sei mais, as palavras que melhor se encaixam aqui, afinal as palmas, os
flash me deixaram confusa.